Se você usou o WhatsApp recentemente, é provável que tenha recebido um novo pedido de aceite dos termos de uso do aplicativo. Isso aconteceu porque a companhia atualizou a política de privacidade para iniciar os testes de sua versão corporativa, anunciada em janeiro deste ano. A ideia é permitir que empresas paguem para se relacionar com seus clientes por meio da plataforma.
No texto do anúncio, feito em 25 de agosto de 2016, o WhatsApp dá dicas de que deve adotar uma estratégia similar àquela que vem fazendo o Facebook Messenger – as empresas podem enviar mensagens de alerta para os usuários compartilhando informações sobre entregas de pedidos, recibo de produtos, dentre outras, em vez de propaganda. As mensagens serão enviadas por robôs.
A mudança representa uma maneira de monetizar o WhatsApp. Comprado pelo Facebook em 2014 por US$ 21,8 bilhões, o aplicativo não gera receita atualmente, pois não permite anúncios e deixou de cobrar US$ 1 por ano de cada usuário em janeiro.
Na prática, porém, muitas empresas já usam o WhatsApp de maneira extraoficial para fazer negócios. Mas, por contrariarem os termos de uso, acabavam bloqueadas pelo aplicativo.
Privacidade
A mudança na política de privacidade do WhatsApp não prevê somente a geração de receita por meio da entrada de empresas. A ideia é fazer também com que o aplicativo colabore fornecendo mais dados ao Facebook. Agora, aplicativo e rede social compartilharão dados cadastrais – como número do celular, número de identificação, sistema operacional e resolução de tela do aparelho pelo qual o app é acessado – entre si.
Nessa integração, será possível associar um usuário do WhatsApp ao seu perfil equivalente no Facebook. Isso ajudará a rede social a sugerir amigos e a direcionar anúncios por meio de um cruzamento de informações. Nos termos de uso, no entanto, o WhatsApp esclarece que as mensagens enviadas pelos usuários continuam a ser criptografadas de ponta a ponta, podendo ser lidas somente por remetente e destinatário, além de não serem compartilhadas com o Facebook.
Leia o artigo original, publicado pelo WhatsApp aqui.